terça-feira, 31 de outubro de 2023

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POEMAS PELA IA

 

 

 

 

 

 

 

por

 

 

 

 

Iacha T. G. Petrina

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Editora Rede de Computadores

2023

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Índice

Introdução ……………………………………………………………….  3

 

Sonetos …………………………………………………………………...4

 

Comentários ………………………………………………………..….. 14

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

Introdução

Inar Brasileira

Esta coletânea de 10 poemas é uma brincadeira com a chamada inteligência artificial que, segundo o grande linguista nonagenário Noam Chomsky, não é inteligência nem artificial. Mesmo assim aproveitamos algumas horas de folga para solicitar ao ChatGPT-3 que fizesse os sonetos que compõem este opúsculo. Trata-se de uma versão inicial do programa de acesso livre, por isso mesmo chamado OpenAI (inteligência artificial aberta), cujo endereço é https://chat.openai.com/chat. Esta versão do programa leva em conta apenas o que se encontrava na rede de computadores até 2021.

O nome IA é a tradução portuguesa da forma inglesa AI (artificial intelligence). A “autora” dos poemas é Iacha Petrina. A Introdução e os comentários são de Inar Brasileira. O nome da autora fictícia Iacha T. G. Petrina é tirado de IA Cha+t.G.PT-3. O nome Petrina é uma combinação de P e T mais trina, que uma raiz latina para 3. O nome da comentarista Inar Brasileira é composto da primeira sílaba de inteligência combinado com a primeira de artificial. Quanto ao sobrenome, procura mostrar que tudo foi feito no Brasil, mesmo que seja usando programas americanos. Enfim, a propósito deste opúsculo, poderíamos evocar o dito italiano Se non è vero è ben trovato, que poderia ser traduzido por algo como “Se não é verdadeiro, é um bom achado”, ou seja, é algo interessante, mesmo que não seja verdadeiro ou legítimo.  

 


SONETOS

 

 

        1

Primavera

Na primavera, a Terra renasce em cores,

Com flores a desabrochar em suave dança,

Os campos vestem-se de verdes e odores,

E a vida brilha em cada nova esperança.

 

O céu de azul profundo, tão sereno,

Anuncia a estação de amor e encanto,

E o vento canta versos pelo terreno,

Celebrando a primavera a cada canto.

 

Os pássaros em coro, em melodia,

Entoam canções de alegria e vida,

E a natureza exulta em sinfonia.

 

Na primavera, o mundo é renovado,

Com beleza e vigor, o coração aquecido,

Um eterno ciclo, por Deus traçado.

 

 


     2

O amor

No vasto oceano do sentir profundo,

O amor se ergue em ondas, força e calma,

É fogo que nos queima e nos inunda,

Em versos de paixão e doce palma.

 

É como a flor que desabrocha bela,

No jardim secreto do coração,

E mesmo quando a vida nos desvela,

Permanece, inabalável, em união.

 

No toque suave, há o amor a nascer,

Em olhares, promessas silenciosas,

Caminhos se entrelaçam, sem esmorecer.

 

Nas palavras, nos gestos, nas rosas,

O amor é a canção que faz florescer,

A mais sublime arte, a vida harmoniosa.

 

 

 

 

 


 

 

 

      3

Saudade

Saudade, doce e amarga, sentimento,

Que toca a alma com sua mão pesarosa,

É eco do passado, em pensamento,

Que nos envolve, triste e silenciosa.

 

Na ausência, ela se faz presente e ardente,

Um fio invisível entre o agora e o então,

Ligando-nos ao tempo, de repente,

Nos fazendo sentir solidão.

 

É a saudade um lamento, uma melodia,

Que embala nossas memórias com ternura,

Reavivando a vida, com nostalgia.

 

Ela é a prova de que a vida perdura,

Em lembranças que trazem alegria,

A saudade é eterna, é doçura pura.

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

    4

Solidão

A solidão, uma sombra na alma fria,

Caminha ao lado do ser solitário,

Na vastidão da noite, escura e vazia,

Um eco triste, um fardo solitário.

 

É como um oceano de águas profundas,

Onde o coração vagueia sem rumo,

Em busca de conexões, de respostas,

Na busca de um abraço, de um amigo ou de um lume.

 

Mas na solidão, há espaço para o encontro,

Com o eu mais íntimo, reflexão profunda,

Um tempo para se ouvir, ser pronto.

 

E quando a solidão se faz fecunda,

Pode brotar em nós o novo e o pronto,

A descoberta de uma alma mais fecunda.

 

 

 


    5

Alegria

Na dança dos dias, a alegria brilha,

Um sol radiante, calor que acalma o peito,

Nas asas da vida, ela voa e brinca,

É o doce mel que torna tudo perfeito.

 

Alegria é riso que contagia a alma,

Um abraço quente, um sorriso sincero,

No coração, ela é uma chama que acalma,

E torna o caminho mais leve e verdadeiro.

 

Ela está no olhar de uma criança inocente,

Na canção que nos faz cantarolar contentes,

No encontro de amigos, abraços e calor.

 

É um presente divino que a vida nos dá,

A alegria, essa força que nos faz sonhar,

E nos lembra que o amor é o maior valor.

 

 


              6

Dia dos namorados

No Dia dos Namorados, amor no ar paira,

Doçura no olhar, no coração, a chama,

Casais se abraçam, o mundo se prepara,

Para celebrar o laço que os une com a trama.

 

Nas mãos entrelaçadas, juras de eterno afeto,

Em cada beijo, promessas de um porvir,

Nesse dia, o amor é o nosso projeto,

E o tempo se aquieta, só queremos existir.

 

É uma data de suspiros e de sonhos,

De gestos de carinho e palavras sinceras,

O amor floresce em todos os cantos.

 

No Dia dos Namorados, que a chama cresça,

E que a vida a dois seja um rio sem planos,

Em cada dia, uma nova promessa.

 

 


          7

Dia de finados

No Dia de Finados, silente e sombrio,

Visitamos os que partiram, saudade em nossos olhos,

Nas lágrimas e flores, respeito e alívio,

Lembramos os que amamos, que hoje são abrigos.

 

No campo silencioso de memórias e afeto,

Onde a tristeza encontra conforto e paz,

Honramos os entes queridos, com respeito,

Reconhecendo que a morte é só um audaz.

 

Aqui, nas lápides, histórias enterradas,

Mas em nossos corações, vivas e claras,

Lembranças de tempos, de risos, jornadas.

 

Dia de Finados, reflexão que declara,

Que a memória dos ausentes nunca se apaga,

Pois o amor, eterno, no coração ressoa.

 

 


     8

A morte

A morte, sombra escura que nos guia,

Um mistério profundo a nos cercar,

Na vida, inevitável companhia,

Eterno fim que todos hão de encarar.

 

A noite que nos leva ao desconhecido,

O último suspiro, o adeus final,

Na morte, todo ser é submetido,

Ao ciclo universal, destino igual.

 

Mas não é o fim, apenas uma porta,

Que abre-se para o grande desconhecido,

A morte, o novo começo que conforta.

 

Na eternidade, o ser é redescoberto,

Na memória dos que aqui ficam perdidos,

A morte é só um passo, não um encerro.

 

 

 

 


    9

O luar

Na noite serena o luar se derrama,

Um manto de prata no céu a brilhar,

Em seus raios, a alma encontra a sua trama,

E sonhos e desejos começam a se entrelaçar.

 

Luar, ó guardião das noites estreladas,

Que ilumina o caminho dos amantes perdidos,

Nas sombras, revelas histórias encantadas,

E em teu fulgor, encontram-se corações unidos.

 

Oh, luar, tua luz é doce e serena,

Um farol de esperança nas horas mais escuras,

Tua beleza no céu, eterna e plena,

 

Inspira poetas, amantes e criaturas noturnas.

Assim, sob teu manto, o mundo adormece,

Enquanto sonhos e desejos, o luar conhece.

 


        10

Henriqueta

Para Henriqueta Rodrigues dos Santos, minha inspiração,

Teço versos que celebrem tua doce afeição,

Em teu nome, a poesia encontra a sua luz,

E o coração transborda de gratidão a ti, seduz.

 

Com olhos que refletem a mais pura bondade,

Tu és a estrela que ilumina minha escuridão,

Teu sorriso, um raio de sol em minha tempestade,

E teu amor, a canção que embala meu coração.

 

Henriqueta, teu nome ecoa em cada verso meu,

Como uma flor rara no jardim da vida a florescer,

Tu és a musa que inspira o poeta a ser seu melhor eu,

 

E com gratidão eterna, a ti quero agradecer.

Que a vida te sorria com amor e felicidade,

Pois Henriqueta, és a inspiração da minha poesia.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Comentários

Inar Brasileira

Poemas pela IA são sonetos criados pela inteligência artificial (IA), em sua versão 3 (IA ChatGPT-3), da OpenAI, disponível em https://chat.openai.com/chat. Os 10 sonetos da presente coleção em geral obedecem os princípios seguidos pela tradição literária. Vejamos alguns breves comentários sobre a forma e o conteúdo por eles veiculado.

Tradicionalmente o soneto consta de dois quartetos e dois tercetos, com versos decassilábicos ou alexandrinos (de 12 sílabas), embora em alguns casos Iacha tenha adjungido o primeiro verso do que seria o segundo terceto ao início do primeiro, fazendo dele mais um quarteto. Com isso, o poema constaria originalmente de três quartetos e uma parelha ou dístico, ou seja, estrofe de dois versos que, no caso, rimam entre si (adormece/conhece, como poema 9, “O luar”, embora eu, Inar, tenha “corrigido” isso. Os sonetos que aqui se encontram são geralmente decassilábicos, se levarmos em conta algumas diéreses e sinéreses. O primeiro deles (Primavera) apresenta o esquema de rima abab nos quartetos e aba nos tercetos. O segundo verso do primeiro terceto termina com a palavra “vida”, que deve rimar com “aquecido” do segundo verso do segundo terceto. Como se vê, é uma rima pobre (-ida/ido).

Há outros problemas de forma. No soneto “O amor”, o primeiro verso do primeiro terceto rima com o terceiro e o segundo rima com o primeiro do segundo terceto. Porém, os dois últimos versos desse terceto infringem o esquema de rimas: seu primeiro verso rima com o último do terceto anterior e o último rima com o segundo do primeiro terceto. Enfim, o padrão rimático se mantém só até certo ponto. Em “Henriqueta”, o esquema rimático é aabb na primeira estrofe,  abab na segundo e aba na terceira. Na quarta, porém, nenhum dos esquemas se mantém. O segundo verso rima mas com o primeiro e o terceiro da segunda estrofe, uma espécie de rima à distância, e o último verso não rima com nada. Não há em todo o poema nenhum verso cuja terminação rime com “poesia”, ou seja, não há rima nem à distância. Em geral, no segundo terceto o esquema rimático nem sempre se mantém. Aqui a IA falhou do ponto de vista formal, que é o seu forte.

Todos os comentários sobre o aspecto formal dos poemas tiveram por base a obra de Hênio Tavares, Teoria literária (6a ed., Belo Horizonte: Itatiaia, 1978), sobretudo a seção sobre o soneto, que vai da página 304 à 307.

No tange ao conteúdo, via de regra os poemas não fogem do tema proposto no título. Em “Primavera” nota-se um clima primaveril, dizendo que “a Terra renasce em cores/Com flores a desabrochar em suave dança”, “Os pássaros em coro” “Entoam canções de alegria e vida”. Enfim, em nenhum dos demais 9 poemas se foge do tema enunciado no título. Diante de tudo isso, alguém desavisado que se defronte com um desses poemas pode ser levado a pensar que foi feito por alguém de carne e osso, mesmo não se tratando de sonetos do mesmo nível dos de Camões, Olavo Bilac, Antero de Quental, Augusto dos Anjos e Jorge de Lima, entre muitos outros.