quarta-feira, 8 de abril de 2020

Horas Vagas








Hildo Honório do Couto















H O R A S V A G A S

(P o e m a s)















Editora Hinoco





© Hildo Honório do Couto, 2002







Para o lavrador mineiro



OSMAR MOTA DE OLIVEIRA



símbolo de amizade









































INDICE
Dedicatória....................................................................................
Introdução....................................................................................

I - SENTIDO DA VIDA
Estância I .....................................................................................
O funil.........................................................................................
Sábado à tarde............................................................................
Espera e prazer..........................................................................
Treinamento para a solidão........................................................
Lazer.........................................................................................
Ansiedade..................................................................................
Coisas de antão..........................................................................
Solidão......................................................................................

II - AMORES
Vingt ans après...........................................................................
Doralice......................................................................................
Hilda..........................................................................................
Cris............................................................................................
A portuguesinha.........................................................................
Malu..........................................................................................
Lazinha......................................................................................

III - FAMÍLIA
Tecé..........................................................................................
Tati...........................................................................................
Tata..........................................................................................
Aninha......................................................................................
Pai na Guiana...........................................................................
Esi Maria do Couto..................................................................

IV - ENCANTAMENTO FRENTE À VIDA
Uma menina.............................................................................
O poeta-empresário ambulante.................................................
Sobre o atlântico (prosa) .........................................................

V - ECOLOGIA E VOLTA ÀS ORIGENS
Fogo na serra...........................................................................
Natura.....................................................................................
Capelinha do Chumbo.............................................................
Nuvens brancas......................................................................
LIVROS TÉCNICOS DO AUTOR...................................................



INTRODUÇÃO
Como o título já dá a entender, o que você vai ler nesta despretensiosa brochura é a minha produção das horas vagas. Muita gente vai para o divã do psicanalista a fim de amenizar a barra de viver. De um modo ou de outro todos nós gostaríamos de saber de onde viemos e para onde iremos, se é que viemos de algum lugar e se é que iremos para algum lugar. A pergunta mais dramática é: "Por que estamos aqui?"
Eu, particularmente, não acho que tenho obrigação de encontrar uma resposta para essa pergunta. Não sou obrigado a saber por que estou aqui. A vida é absurda. No entanto, como me disse um menino certa feita, morrer dói. Assim, é preciso continuar vivendo.
A fim de amenizar o tormento que são questões como a que foi apresentada acima, eu tenho escrevinhado coisas que intitulo "poemas" ou, em linguagem mais popular, "poesia", embora muita gente não as considere como tais. Alguns deles são verdadeiros haicais (cf. "Hilda"!). Eles não foram escritos para ser publicados. Eu os divulgo só entre pessoas amigas e/ou entre colegas que, em geral, são benevolentes.
Se você tiver paciência de ler todos os "poemas", notará que eles foram escritos durante um lapso de tempo muito longo. Notará também que há longos interregnos de esterilidade poética. Mas, eu não ousaria me qualificar nem como poeta bissexto, sobretudo por causa do substantivo, não do adjetivo.
Uma outra coisa que você notará é que os "poemas" estão classificados tematicamente. A Parte I (Sentido da Vida) é a mais numerosa, com oito "poemas". É aqui que eu como que me deito no divã da poesia e pratico aquilo que meu amigo José Maria Tavares de Andrade chama de textoterapia. Isso tem funcionado relativamente bem.
As quatro partes restantes são mais amenas, mas nem por isso menos importantes (para mim). Assim, na Parte II (Amores), temos instantâneos de amores que tive. A Parte III (Família) é por natureza doméstica, mas revela nas entrelinhas muitas das preocupações expressas nas outras. A Parte IV (Encantamento Frente à vida) consta de apenas dois "poemas" e um texto em prosa. O soneto "Uma Menina" é o primeiro de todos da brochura, cronologicamente falando.
A Parte V (Ecologia e Volta às Origens), por fim, representa uma preocupação com a natureza, muito antes de isso virar modismo, ou seja, ainda na infância, vivida na zona rural. Como se vê, ecologia e volta à origem rural confluem num mesmo posicionamento frente à vida.
Você não deixará de notar uma sexta temática, a política. Freqüentemente ela está misturada a questões existenciais. É o caso de "O funil", "Ansiedade" e "A portuguesinha", entre outros.
Nós somos antes de tudo natureza. Mas somos natureza humanizada, somos seres humanos. Por isso estamos sempre procurando dar um sentido à vida (Parte I). Esse só pode ser encontrado no amor (Parte II e III). O amor é a única coisa que vale a pena na vida.
Para terminar, gostaria de dizer que em 1968 eu fiz uma brochura, semelhante a esta, intitulada O PLUMITIVO DECADENTE. Infeliz ou felizmente, as vicissitudes da vida lhe deram um sumiço irremediável. Creio que apenas "O funil", "Uma menina" e "Estância I" se salvaram do naufrágio daquela brochura. Quanto a "Fogo na serra", é o único "poema" de HORAS VAGAS que já foi publicado, embora em um jornalzinho provinciano (O VAGALUME, nº 1, 1991, de Bom Jesus do Itabaiana, estado do Rio de Janeiro).
É hora de ir para os "poemas".
Brasília, janeiro de 1992
Hildo Honório do Couto
Departamento de Lingüística
Universidade de Brasília
70910-900 Brasília, DF


P.S:. Como você verá, leitor, o "poema" "Nuvens brancas", apesar de constar do índice, não foi escrito. É que não fiquei satisfeito com o que estava feito, e resolvi divulgar HORAS VAGAS assim mesmo. Com isso você notará também que um longo tempo decorreu entre a confecção do volume e sua divulgação agora.
Basília, agosto de 1995.

Na verdade, ele está sendo publicado em 2002 (No blog, em 2020).
Brasília, junho de 2002.

I



SENTIDO DA VIDA

ESTÂNCIA I
Estava há muito na planície,
olhando, ansiosamente,
os picos da cordilheira, tentadores,
mas achava que só no dia seguinte
conseguiria chegar lá.

Caminhei, não só o dia seguinte,
porém o outro e o outro também,
para alcançar as altitudes.
Vi, no entanto, que além das serras
havia outra planície, bela.

Parti imediatamente para ela
No caminha ia pensando
que se já fosse crescido
faria tudo aquilo mais depressa:
seria grande e ficaria lá embaixo.

Mas depois da planície
havia outra cordilheira
e eu estava encurralado,
angustioso, adulto, querendo voltar
à primeira planície e a ser pequeno.

Meu coração havia diminuído
a cabeça enormemente crescido.
Meus membros estavam lassos.
Os únicos desejos eram não ir em frente
e não ter ido, outrora, naquela direção.
São Paulo, 18/3/1970


O FUNIL
Eu sou o tubo tampado.
Algum deus ou diabo
despejou o líquido.

Um mendigo na rua:
- eu sou culpado

Morre um gato atropelado:
- eu sou culpado

Uns sofrem, outros morrem:
- a culpa é minha.

Só eu não sofro nem morro.
São Paulo, 13/7/1973, 17:50h


SÁBADO À TARDE
Já tomei o café da manhã
já li o jornal
já passei o aspirador na casa
já almocei fora, sozinho.

O tempo está lindo
o sol brilha como nunca
os vizinhos ouvem música,
festejam.

E eu?!
Brasília, 17/1/1990, 15:30h












ESPERA E PRAZER
Durante
longo tempo
esperei
por ela.

Tão longamente
esperei
que
quando ela chegou
me decepcionei:
não senti nenhum prazer
Berlim, 6/8/1988, 13:30h


TREINAMENTO PARA A SOLIDÃO
Em breve será Natal.

Eu perdi meus filhos

minha mulher

e minha casa.

Mas eu não sofrerei.

Fecharei as cortinas

trabalharei

e farei de conta

que lá fora

não tem alegria.
Brasília, 26/10/1987, 14:15h


LAZER
Lazer é não fazer nada.
A mim
ensinaram a fazer tudo.
Por isso,
eu sempre faço algo.
Não fazer nada eu não sei.
Brasília, 14/11/1987, 21:45h

ANSIEDADE
Até o meio-dia
eu olhava para o relógio,
ansioso,
esperando
a hora da luta
contra
a fome
e a opressão.

Após o meio-dia
eu olho para o relógio,
pesaroso,
querendo sua lentidão:
ainda nada fiz
contra
a fome
e a opressão
Berlim, 29/7/1988, 15:10h

COISAS DE ANTÃO
Queria fazer um soneto antiquado
Que, falando de minha solidão,
Com versos bregas, cafonas, rimado,
Relembrasse minha antiga ilusão.

Um soneto assim, até bem quadrado,
Que fala de amor em samba-canção,
Nunca poderá ser apreciado,
Por quem se entrega na badalação.

Mas ele fala de quem foi amado,
De saudades e de coisas de antão.
Este soneto estranho e regulado,

É meu, fala de passada paixão.
Eu creio mesmo que ele é arrojado,
Pois ousa rimá-la com coração.
Brasília, 10/10/1991, 23:30h


SOLIDÃO
Solidão é se ter tudo e sentir como se não se tivesse nada
É sentir que não se tem nada quando não se tem nada
É não sentir vontade de fazer nada
É nada ter que fazer
É não ter amigos
É não ter amor
É o vazio
É o nada.
New York, 4 de outubro de 1997.
II


AMORES

VINGT ANS APRÈS
Un homme,
une femme.

À Paris,
Jean-Louis Tritignant
et
Anouk Aimée,
vigt ans après.
São Paulo-Londrina-Brasília,

Hil
et
Aiko.
Pas Sissi.

Vigt ans après:
un homme,
une femme.
Brasília, 24/5/1990, 22:00h


DORALICE
Frágil mulher
que compra
que faz cursos
que faz concursos
que procura.

Frágil mulher
que pensa que tem tudo
que pensa que sabe
que pensa que crê
que pensa que achou.

Sua fragilidade
me fez forte
pois você
Adora a liça.
Belém (Pará), 11/10/1989, 22:45h



HILDA
Hildo
e
Hilda
Apenas
um homem
e
uma mulher
Apesar das léguas

é tudo que se quer.
Brasília, 30/6/1990, 14:55h


CRIS
Está fazendo dezoito anos.
A interferência japonesa
impediu
que sentássemos juntos
e conversássemos.

O ônibus pra Caverna do Diabo
talvez me tenha desviado
do paraíso.

Você sentou sozinha
humilde
meiga.

Mil novecentos e sessenta e nove
foi o último ano que te vi.
De você, hoje,
só tenho uma flor, amarelada,
dentro do livro.
Nela está escrito, apenas,
"Cris".
Brasília, 27/9/1987, 19:40h

A PORTUGUESINHA
Quero e não quero
Vou e não vou
Penso e dispenso,
Mas sempre propenso.....

Eu me machuco,
Mas não sinto a dor.
A dor quem sente é você,
Pois sou rude, áspero.

Eu tenho só um pé;
Você tem mil,
Pois você é frágil.

Só uma coisa lhe peço:
"Não corte meu único suporte!
Seria a morte!"
Londrina, 8/10/1974.

MALU
M A R I A
L U Í Z A
M A L U

M A L I A
M A R I A

B I A
B I L U
B I L U

A M A R I A
A M A R I A
M A R I A

A M A R A
Londrina, 29/9/1974, 17:45h


LAZINHA
De Brasília re-Minas
A São Paulo.
Na feira do amor,
Em Goiânia,
Há quinze anos.
- É claro que me lembrarei!
Por quinze minutos
Você foi minha!
Goiânia, 15/9/1984

III


FAMÍLIA



TECÉ
Gordinha geniosa
baixinha
sabidinha.

Elo

que ninguém desfaz;
menos a natureza
que de tudo é capaz.
Você é a primeira
querida
filha minha.
Brasília, 16/9/1987, 17:20h.

TATI
Defensora
dos fracos e oprimidos.
No meio de duas fortes
você se impõe
delicadinha
dócil
magricelinha
dondoquinha
queridinha.
Brasília, 16/9/1987, 17:20h



TATA
Terceira e derradeira
mas segunda gorduchinha.
Embora brava,
seu sorriso para mim
já mostrava
o quanto, longe,
seria ruim.
Brasília, 16/9/1987, 17:20h


ANINHA
Eu não te esperava
nem pensava
que você vinha
Mas você é teimosa
geniosa,
Aninha.
Não dá pra viver,
sem sofrer,
sem Aninha.
Aix-en-Provence (França), 01/07/1999, 21:20h.



PAI NA GUIANA
Caiena,
Pizzeria Crêperie l'Antre de Bacchus
Chèque Déjeuner,
som de sax.
Uma pizza, uma coca-cola
e a presença
de uma menina pequena.

Ontem,
Sinnamary,
Kourou e naves espaciais.
Um bezerrinho no pasto,
ao lado da mãe.

As crias:
guia na
solidão.
Caiena, 4/10/1989, 13:30h


ESI MARIA DO COUTO
Você viveu
Tão intensamente
Que mais rapidamente
A todos marcou.
Driblou a vida
E morreu.
Goiânia, 15/9/1984, 15:30h

IV



ENCANTAMENTO FRENTE À VIDA




UMA MENINA

Vinha eu correndo a cem pela estrada
Que atravessava o verde da campina.
Mãos no volante não pensava em nada;
Só corria, cumprindo minha sina.

Para mim o mundo era asfalto. Cada
Sopro recebido da aragem fina
Era do carro da frente a bafada.
Foi então que surgiu uma menina,

Olhos de campina. Estava parada,
Vendo a correnteza vinda da mina.
Só a mim não via. E maravilhada

Com tudo, certamente a pequenina
Nem de longe estava desconfiada
De que me era a lembrança mais divina.
São Paulo, 15/12/1972


O POETA-EMPRESÁRIO AMBULANTE
Na avenida Liberdade,
Bem no centro de Lisboa,
Lá vem o poeta-empresário,
Mancando, com sua bengala.
"São só seiscentos escudos!"
Diz aos passantes, à toa.

Tu que estás na Liberdade,
Podes of'recer poesia.
Mas todos os transeuntes
Estão com os corações presos.
Eles andam apressados,
Não vêem tua "filosofia".
No Pombal ou no Chiado,

Ou até mesmo no Rossio,
Não consegues nem um trocado
Pela tua produção.
Pois quem não está afobado
Só vê aqui a prostituição.

Na tua Liberdade lusa,
Na japonesa paulista,
Ou no Cristo Redentor,
Ler poesia não se usa.
Assim, quem quer que te avista,
Não se importa com tua dor.
Brasília, 27/12/1991, 16:00h
(concebido em Lisboa, julho de 1991).


SOBRE O ATLÂNTICO
A bordo do Boeing 727 da VARIG, a 12 quilômetros de altitude, navegando sobre as nuvens a 900 quilômetros por hora. De tão alto nem dá para ver as águas do Atlântico. Fico pensando, diante da imensidão que é a natureza, eu - e vocês - sou apenas uma minúscula partícula do todo infinito. Parece que a única "religião" que faz sentido é o animismo, a adoração à natureza. Ela é o nosso início, o nosso meio e o nosso fim. É o nosso limite. Por isso devemos respeitá-la radicalmente, adorá-la.
Menti. Deu para vislumbrar ao longe um navio singrando na imensidão do Atlântico, na mesma direção que estou voando - de Cabo Verde para o Brasil. Os povos ditos primitivos parecem ser os únicos a estar certos do ponto de vista "religioso". Eles adoram o que há de mais importante, o limite, a natureza. Um exemplo são os felupes (diolas) do Senegal e da Guiné-Bissau.
No Ar, 21/10/1990, 10:00h

V


ECOLOGIA E VOLTA ÀS ORIGENS



FOGO NA SERRA

I
ra boca da noite,
lá no centro do sertão.
O menino pensativo,
junto à cerca do curral
e encostado no moirão,
olhava, melancólico,
o fogo que ardia,
lá no alto do espigão.

II
Era mês de agosto,
mês de desgosto.
A seca mirrava tudo,
os animais, as plantas,
acabava com os corgos.
No ar o mormaço,
no céu as estrelas,
no curral o menino.

III
Aquele fogo distante
era a continuação
das luzes misteriosas
vindas lá do fim do mundo.
A bocaina e o universo,
com suas assombrações,
estavam cheias de fumaça
e o pequeno de tristeza.

IV
Aquele fogo mágico,
longe, além do boqueirão,
será que não era o começo,
o anúncio do fim do mundo?
Ele estava tão perto do céu,
quem sabe queimaria tudo,
deixando na terra e lá em cima,
só cinza, morte e carvão!
Bissau (Guiné-Bissau), 14/10/1991, 11:25h


NATURA
De você eu vim,
Em você eu vivo,
A você voltarei.
Você é minha mãe,
É também meu pai
E minha religião.
É até o meu caixão.
Sem você eu não morro,
Nem tenho vida.
Você é minha senhora,
Preciso obedecê-la,

Quer aqui fique,
Quer vá embora.

Você é meu começo,

Meu meio

E meu fim.
Brasília, 20/12/1991, 15:25h

CAPELINHA DO CHUMBO
Eu nasci na Capivarinha,
a Capivarinha do Chumbo.
Mas, entre ela e ocê, Capelinha!,
que é tamém do Chumbo,
tava o meu mundo.

Cresci veno a serra do Parmital;,
a serra do Roxa e a Capetinga
- é de lá que a chuva vinha! -,
o corgo das Batata, o dos Miguel,
a fazenda do Juca, a do Quinca e a do Nadim.

Na beira da estrada na frente da casa
ficava as binga e a arvinha.
É lá que o Osmar chegava,
é lá que passava as pessoa
que ia pa Capelinha.

O trem era dos mais bão.
Eu rolava na puera com o Pacheco,
namorava a Branca, a Zirda
ou a Teresinha Xavier.
Eu só tinha medo do Mato Seco.

Quando eu vortei pa vê ela, disse:
"Uai, cadê a Capelinha?!"
"Agora ela é Major Porto!"
Foi o que disse o Churim.
"Sô, não existe mais a que foi minha!"
Brasília, 22/12/1991, 18:05h



NUVENS BRANCAS

(Este “poema” foi concebido, mas não houve estro suficiente para compô-lo [Nota de 2020]

                                                 ******************************

LIVROS TÉCNICOS DO AUTOR

1. Ensaios de Lingüística Aplicada ao Português. Brasília: Thesaurus, 1981, (organizador e autor de um ensaio).

2. Lingüística e Semiótica Relacional. Brasília: Thesaurus, 1982, 97p.

3. Uma Introdução à Semiótica. Rio de Janeiro: Presença, 1983, 162p.

4. O Que É Português Brasileiro. São Paulo: Brasiliense, 1986, 112p., 7a. edição (coleção "Primeiros Passos", nº 164).

5. A Redação Como Libertação. Brasília: Editora da UnB, 1988, 95p. (curso de extensão à distância).

6. O Crioulo Português da Guiné-Bissau. Hamburgo: Helmut Buske Verlag, 1994, 152p. (coleção "Kreolische Bibliothek", nº 14).

7. Introdução ao Estudo das Línguas Crioulas e Pidgins. Brasília: Editora da UnB, 1996, 341p.

8. Fonologia e fonologia do português. Brasília: Thesaurus Editora, 1997, 201p.

9. Anticrioulo: Manifestação lingüística de resistência cultural. Brasília: Thesaurus Editora, 2002, 136p.

10. A língua franca mediterrânea: Histórico, textos e interpretação. Brasília: Oficina Editorial do IL/UnB e Plano Editora, 2002, 203p.

11. A redação como libertação. Brasília: Editora da UnB/OEA, 1988 (curso à dcistância).

12. Ecolinguística: estudo das relações entre língua e meio ambiente. Brasília: Thesaurus, 2007.

13. Linguística, ecologia e ecolinguística: contato de línguas. São Paulo: Contexto, 2009.

14. O tai chi chuan e a Praça da Harmonia Universal. Brasília: Thesaurus, 2010.

15. Literatura, língua e cultura na Guiné-Bissau: um país da CPLP. Brasília: Thesaurus, 2010.

16. O tao da linguagem: um caminho suave para a redação. Campinas: Pontes, 2012.

17. Ecolinguística: um diálogo com Hildo Honório do Couto. Campinas: Pontes, 2013 (diálogo com Elza Kioko Nakayama Nenoki do Couto).

18. Análise do discurso ecológica (ADE). Campinas: Pontes, 2015.

19. O paradigma ecológico para as ciências da linguagem: Ensaios ecolinguísticos clássicos e contemporâneos. Goiânia: Editora da UFG, 2016 (coorganizado com Elza do Couto, Gilberto Araújo e Davi Albuquerque).
30. A linguagem rural da região de Major Porto, município de Patos de Minas: uma visão linguístico-ecossistêmica. Campinas: Pontes, 2021 (em preparação).

Sites organizados pelo autor:

1) http://www.unb.br/il/liv/crioul (este site saiu do ar).

2) www.ecoling.unb.br (site de Ecolinguística)

3) https://periodicos.unb.br/index.php/erbel/ (revista de ecolinguística)

4) http://meioambienteelinguagem.blogspot.com/ (blog de Ecolinguística)

5) http://ecosystemic-linguistics.blogspot.com/ (site em inglês)

6) https://ilinguagem.blogspot.com/ (blog de política e linguagem).

7) https://aarvinha.blogspot.com.br (bloco Ecolinguístico leve).
  

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